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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Reveillon à beia do Rio da Prata

Foto IPhone (Julia)
Foto IPhone (Julia)

 Descemos para a rambla da praia de Pocitos faltando 20 minutos para a virada do ano e estava quase deserta. Poucos grupos passeavam na calçada, a maioria turistas, à procura de alguma festividade. Quase nenhum carro na rua, mas encontramos um ônibus de turismo estacionado com brasileiros confraternizando com champanhe, todos de branco, o que não é um costume por aqui. Faltando 5 minutos para meia-noite, os uruguaios foram chegando e preparando a festa, ou melhor, os fogos de artificio que arrumaram na areia da praia, no calçadão e até no meio da avenida. De repente, fogos por toda a parte, bem perto e acima de nossas cabeças.

Diferente das grandes capitais, Montevideo não tem aquele local para onde todos vão comemorar a passagem de ano. Em compensação, por toda a orla, as pessoas fazem seu espetáculo particular. Foi muito bonito, cheio de cores e durou mais de 20 minutos.
Tiê ficou preocupado porque não tem como não ficar exposto ao barulho e as explosões, mas fora a atenção redobrada, foi muito gostoso essa nossa entrada em 2011 com queima de fogos à beira do rio da Prata.





Vinho: um brinde a 2011!

Bodega boutique Bouza (foto Julia)
Parreira de uvas Tanat (foto Tiê)
No último dia do ano, brindamos 2011 mais cedo, na degustação de 4 tipos diferentes de vinho na Bodega Bouza, vinícola que fomos conhecer nos arredores de Montevideo, em Colon, local onde teve início a cultura do vinho por aqui. A Bodega Bouza é pequena e artesanal, produz pouca quantidade de vinhos. É uma bodega boutique, muito bem arrumada e com um lindo restaurante. Não ficamos para almoçar, o passeio que contratamos incluía uma visita guiada pela vinícola, para conhecemos o processo e os locais de produção dos vinhos, e de quebra, visitamos uma linda coleção de carros antigos, outra especialidade da família de vinicultores. Os uruguaios estão investindo no turismo associado ao vinho, há várias bodegas que oferecem degustação e visitas, confira no Bodegas del Uruguay.
 
Além de uvas, um lindo museu de carros antigos (foto Tiê)
Estávamos num grupo de 6, todos brasileiros, dois de cada estado (SP, MG e RJ). Tiê só aproveitou os petiscos e distribuiu suas taças de vinho entre os demais. Foram 4 brindes, de 4 diferentes tipos de vinho (branco, rosé, Tanat & Merlot e Tanat): ao Uruguay, aos uruguaios, ao Brasil e a 2011!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Museo del Fútbol uruguayo

O ingresso do museu é uma réplica do de 1930 (foto Tiê)  
Começamos o dia, indo ao Museu do Futebol uruguaio, que fica no Estádio Centenario. Tirei mais de 100 fotos dos objetos, troféus e fotografias das campanhas da celeste. E, é claro, visitamos o estádio, que é lindo, porém muito antigo, está necessitando seriamente de reformas. Ele foi construído às pressas para a realização da primeira Copa do Mundo em 1930. Gostei muito desse passeio cultural e esportivo. Encontramos mais brasileiros, mas eu era o único com a camisa do Peñarol!
 

Pai, joguei a mandinga pro Fluminense ganhar do Nacional aqui neste estádio, pela Libertadores, em abril!

O estádio precisa de reforma urgente (foto Tiê)
A foto gigante do Maracanã em 50 é destaque (foto Tiê)


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Montevideo: brasileiros por toda parte

Hoje fomos à Ciudad Vieja e almoçamos no Mercado do Porto. Encontramos brasileiros em todos os locais: no mercado, na rua, no Museu Torres García (artista plástico mais renomado do Uruguay), no Teatro Solís. Também há bastante brasileiros em nosso hotel, assim como na sorveteria onde estivemos agora à noite. Com a presença de tantos por aqui, o atendente do Subway falou "presunto" no lugar de "jamón"! Parece que o anúncio feito pelo governo uruguaio nas TVs brasileiras está surtindo efeito.

Teatro Solis (foto Tiê)
Plaza Independencia (foto Tiê)

Plaza Matriz (foto Tiê)

Montevideo: locomoção fácil

O táxi e nosso hotel (foto Julia)

Táxi barato com motorista que conhece todos os lugares, que maravilha! Aqui eles têm o mesmo modelo dos de Nova York, pretos e amarelos com aquela divisória entre os bancos.
Mas também é possível usar ônibus, ainda mais se passam em frente ao hotel e te deixam bem em frente ao shopping e a outras atrações. A passagem também é barata: 17 pesos ou R$ 1.70 (1 real = 10 pesos). Mesmo quando há cobrador, não existe roleta, a circulação é liberada e também há um tipo de 'Riocard'. Se quer conhecer bem uma cidade, ande à pé, converse com seus moradores e de vez em quando, entre num ônibus!

Montevideo: sol e praia de rio

Praça em frente ao hotel na praia de Pocitos (foto Julia)

Sol até tarde, água fresquinha, areia firme para caminhar  (foto Julia)


A viagem tranquila de Colonia a Montevideo dura 2 horas e meia no ônibus que pegamos no terminal, bem perto da pousada. Chegamos às 15:30h com um sol forte e em poucos minutos o táxi nos deixava no Ermitage Hotel, em Pocitos. Da portaria avistamos a praia, a uma quadra, está cheia de gente! Praia de rio, Rio da Prata, de água escura.
Encontrei o Ermitage Hotel no site da Decolar.com, já que não tinha vaga no Pocitos Plaza Hotel , indicado pela Raquel (a 3 quadras na mesma rua). O Ermitage fica num prédio antigo, reformado, em frente a uma bonita pracinha e tem o que precisamos: tudo limpinho, cama confortável, banheiro idem, com um ótimo chuveiro e quarto claro com janela batendo sol, além de internet sem fio! Era dos melhores preços nessa época e nesse local, entre Pocitos e Punta Carreras, algo assim como entre Ipanema e Leblon.
Saímos para fazer um lanche e conhecer os arredores. Nessa época, a luz do sol desaparece às 9 da noite, então, ainda tenho tempo para andar na praia, enquanto Tiê retorna para um descanso no hotel. À noite vamos até o shopping Montevideo aqui pertinho e jantamos num dos restaurantes indicados pela Raquel, que esteve aqui há poucos meses e compartilhou suas dicas com os amigos.
A temperatura está por volta dos 30º, com muito sol e à noite cai para agradabilíssimos 22º, nas ruas próximas ao rio, o vento constante é frio.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Redescobrindo o Uruguay

Foto Tiê
Chegamos há 5 dias, mas só agora conseguimos publicar o blog, aqui na pousada em Colonia del Sacramento, onde eu e Tiê chegamos ontem.

Nossas impressões desse início de viagem, em que conhecemos um outro Uruguay *, estão nas postagens abaixo.

Nas duas vezes que estive por aqui, quase 20 anos, era inverno. Estou surpresa com o calor intenso. Os uruguaios também! 

* os nomes das cidades estão escritos na lingua original: Uruguay, Villa Soriano, Colonia del Sacramento, etc.

Colonia del Sacramento: pequena e linda!

Árvores à vontade (foto Julia)
Paraty ou Itália? (foto Tiê)
Cantinhos inspiradores (foto Julia)











Depois de mais um dia de descanso em Villa Soriano, chegamos a Colonia, às margens do Rio da Prata, bem em frente à Buenos Aires. É a passagem preferida de turistas entre os dois países, mas vale a pena ficar um pouco. Clarissa e Andrés seguem viagem para região de praias. Eu e Tiê ficamos por aqui, antes de voltar a  Montevideo.

Alguns dizem que Colonia é uma Paraty em miniatura, mas Tiê lembra das pequenas cidades italianas, com muitos restaurantes com mesas na rua, debaixo das árvores. Há várias semelhanças com Paraty, até por que ambas foram fundadas por portugueses, mas Colonia é muito arborizada, o que lhe dá um toque especial. Ainda mais com esse calor, é possível andar tudo só pela sombra e nada como comer debaixo de uma frondosa árvore.

Não pretendemos ir a Buenos Aires, mas visitei a estação de barcas para lá, o famoso Buquebus, que fica bem pertinho de nossa pousada. Levei um susto, tudo moderno, novinho, com cara de aeroporto! Qdo. passei aqui há 20 anos, era uma construção velha e desconfortável.

Estamos muito bem hospedados no El Viajero, que é pousada, hostel e B&B. Aconchegante, simples e confortável, ao lado do rio e a uma quadro do bairro velho. Ótimo achado na internet, embora os preços nessa época estejam mais salgados, há muitos turistas: brasileiros, argentinos e europeus, nessa ordem.

Natal em Dolores

Tiê, Amparo, Clarissa, eu e Angie (foto Andrés)

Muito bom passar o Natal com a família Boero Madrid, na casa de Amparo, mãe de Andrés, em Dolores, 30 Km de Villa Soriano. Foi uma noite muito agradável, com direito à queima de fogos, que acontece em várias residências da cidade, como se fosse o nosso Ano Novo. Gente simpática e acolhedora. Além do mais, estava passando o Natal com Clarissa e Tiê. Adoramos!

Terma con limón, bebida diferente e deliciosa




Por aqui há uma variedade de bebidas deliciosas, que não chegam ao Brasil. A "Terma con limón" é uma delas, preparada com hierbas: marcela, melisa, tomillo, canchalagua, carqueja, incayuyo e vira vira. O diferencial é o sabor um pouco amargo, mas ótimo bem gelada. Produção Argentina.

Tiro ao Alvo Soriano

Aula de tiro ao alvo (foto Julia)
A arma é uma velha espingarda, a munição pequenas bolinhas de chumbinho e o alvo, uma garrafa pet de refrigerante de pomello. Como nunca havia manejado uma arma de verdade, fiquei um pouco nervoso, mas depois que Andrés me ensinou como atirar foi ficando mais fácil. Logo já estava acertando o alvo, 3 vezes seguidas. Estava a uma distância razoável e não é tão fácil como se possa imaginar! Minha mãe e Clarissa não conseguiram acertar um tiro sequer.

Villa Soriano é um paraíso

Rua principal  (foto Julia)
Pier no rio Negro (foto Julia)
Casa de Andrés (foto Julia)











Chegamos de madrugada em Villa Soriano, cerca de 300 km de Montevideo, lugarejo do departamento de Soriano, às margens do Rio Negro, a 5 km do Rio Uruguay, fronteira com Argentina. Um pequeno lugar, com vendinha, igreja, escola e aquelas casas baixas, em que não se vê o telhado, arquitetura muito comum por aqui. Segundo Amparo, mãe de Andrés, que vive na vizinha Dolores, são apenas 800 habitantes. O silêncio é quebrado pelo canto dos pássaros (muitos pássaros), galos e ao longe uma moto, todos aqui têm uma. No sol forte da tarde, sem viva alma na rua, me lembrou aquela cidade do Almodóvar, em "Tudo sobre minha mãe", mas à noite, as pessoas conversam em cadeiras na porta de casa, como nas pequenas cidades do interior do Brasil.

A casa de Andrés fica a uns 100 m do rio, num grande terreno gramado e arborizado, com todo conforto e infraestrutura de uma casa urbana. Só que fica num paraíso de tranquilidade, onde corre um ventinho fresco e se pode deitar numa rede amarrada nas árvores. Estou pensando em organizar uma excursão ao local para a primavera de 2011! Aceito reservas!

Primeiras horas de Montevideo

Estádio Centenário (foto Tiê)
Parque Batlle (foto Tiê)










Eu e Tiê chegamos na tarde do dia 23 e fomos recebidos no aeroporto por Andrés, namorado de Clarissa. Nada como ser recebido por alguém da terra! Vamos ficar apenas algumas horas aguardando a chegada da Clarissa à noite, depois seguimos para Villa Soriano, no interior. Deixamos as malas no apartamento da irmã do Andrés, em Tres Cruces e saímos para dar uma volta nas redondezas.

Para sorte do Tiê, há um trailer de panchos bem em frente, aquele cachorro quente uruguaio com uma salsicha duas vezes maior que o pão. Tiê esteve recentemente em Montevideo com o pai e coincidentemente estamos ao lado do estádio Centenário, então, vamos à pé até lá, atravesando o bonito parque Batlle.

Neste pouquinho tempo, pude ver o quanto a cidade mudou, foram-se os modelos de carro anos 50, surgiram prédios modernos, mas continua muito arborizada e bonita!